sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Celofane


Celofane
Celofane
Celofane (eco)

pense celofane
use celofane
viva celofane
seja celofane

biodegradável, ético, não-tóxico, super moderno.
de papéis de balas a trajes espaciais.
excelente caimento.

domingo, 4 de outubro de 2009

New Deal

O quê? Capoeira? Botar a molecada pra tocar berimbau? Ora, francamente!... Isso é taão estudante de educação física... Há maneiras mais divertidas e úteis de canalizar o ódio das massas. Poderíamos mobilizá-las para a construção de estradas, pontes Brasil-Europa, lojas de departamento ou pirâmides, por que não? Pirâmides são excelentes para... Enfim, poderíamos inclusive, daí, ressuscitar antigas práticas do Antigo Egipto (Antigo Ceilão, Butão, sei lá, se virem). Por exemplo, quando do término do mandato do Presidente da República, enterraremos juntamente o Senado, a Câmara e os que trabalharam na construção da pirâmide. O que acham?

Mas, enfim, estou aqui mesmo só pra dizer o quanto estou feliz com a escolha do Rio de Janeiro como sede da Olimpíada de 2016. Realmente orgulhoso da delegação brasileira que conseguiu mais essa vitória, tudo com um comportamento digno, nobre e respeitoso com os demais concorrentes. Vai que é tua, Brasil!
(Envergonhado, escandalizado e fritando coxinhas).

Aliás, vocês sabiam que "o consumo de uma noz-moscada inteira ou 5 gramas de seu pó pode causar alucinações auditivas e visuais, descontrole motor e despersonalização"? É, eu só estou tentando disfarçar a minha vergonha... New deal brazillian way, concordam?

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Mostarda, eu te amava

Alô? Alô? Já está funcionando? Caham.
Oi, meu nome é Murilo. Eu tinha uma camiseta azul. Um azul muito bonito. Não sei se sempre foi dessa cor ou se ficou assim com o tempo. Era a minha camiseta favorita. Oito anos de companheirismo inveterado. Muitas festinhas de casamento. Muitas baladas. Muitas rodinhas-de-tereré. Ainda me lembro de seus dias primevos em que era a camiseta de ir na missa. Uma segunda pele. Mas um dia, resolvi que não precisava de guardanapo para comer meu hambúrguer. E paguei, como ainda pago, o preço de tal pecado. Lambuzei de mostarda o seu lindo (ínclito?) tecido. Não importava quantas vezes eu lavasse, a mancha simplesmente não saía. O que quer que houvesse naquele inocente sachezinho, não era mostarda. Devia ser corante puro plus traços de substâncias não-autorizadas. Já esfreguei. Já bati. Já chorei. Já usei ácidos. Já me benzi. Mas a mancha resta lá, praticamente incólume. Por isso estou aqui, tentando me recuperar. Meus caros, se há uma lição a ser levada daqui, é que: o mundo é injusto; mostarda provavelmente é cancerígena; todo sanduíche devia ter somente uma abertura; e Jesus não vai descer só pra tirar a mancha da sua roupa.