Essa é a segunda vez que me surpreendo com páginas arrancadas. Mas não foi apenas um trechinho sem importância, como anteriormente, e sim três folhas inteiras miseravelmente vilipendiadas. Pergunto-me se acaso o sujeito ativo do delito (observem eu usar e abusar de expressões jurídico-penais) sabe que o xerox fica apenas a dois lances de escada+corridinha de corredor. E não é caro, não: gastaria insignificantes trinta centavos. Porém escolheu o caminho do crime, e sua conduta horrivelmente delituosa e (por quê? porquê?), certamente, dolosa recaiu sobre um bem público de uso comum: livro de biblioteca (art. 163, § 1º, III do CP).
A duras custas aprendo que as outras pessoas não pensam/agem como eu. Mas fazer algo assim? Por quê? Por quê? Que motivo levaria uma pessoa a arrancar brutalmente trechos de um livro de uso comum? Aliás, por que alguém danificaria um livro, esse objeto sagrado? Pelo simples prazer de saber que o próximo leitor inevitavelmente broxará ao se deparar com o feito? Para fixar o fragmento na sua parede, ao lado de seus pôsteres bregas? Usaria como lenço de papel, numa inequívoca manifestação de protesto contra o livro? Enfim, não consigo encontrar uma explicação racional. Eu, ao menos, quando leio algo que me agradou, não tenho ganas de arrancá-lo...
Espero que o agente em questão compreenda que toda sociedade erige seus inimigos, e, por conseguinte, toda pessoa erige os seus inimigos. Sem dúvida alguma, ele é, a partir desse sórdido momento, meu inimigo, e não hesitarei em vingar-me (uso arbitrário de suas próprias razões - art. 345, CP). Entenda, meu caro, que se trata de legítima defesa, afinal, é nosso dever, como continuadores do código genético, a eliminação daqueles que nos turbam a liberdade de ler um livro em sua integridade.
PS: e só pra constar, ontem eu ri de montão, ok? (raios de inveja).
A duras custas aprendo que as outras pessoas não pensam/agem como eu. Mas fazer algo assim? Por quê? Por quê? Que motivo levaria uma pessoa a arrancar brutalmente trechos de um livro de uso comum? Aliás, por que alguém danificaria um livro, esse objeto sagrado? Pelo simples prazer de saber que o próximo leitor inevitavelmente broxará ao se deparar com o feito? Para fixar o fragmento na sua parede, ao lado de seus pôsteres bregas? Usaria como lenço de papel, numa inequívoca manifestação de protesto contra o livro? Enfim, não consigo encontrar uma explicação racional. Eu, ao menos, quando leio algo que me agradou, não tenho ganas de arrancá-lo...
Espero que o agente em questão compreenda que toda sociedade erige seus inimigos, e, por conseguinte, toda pessoa erige os seus inimigos. Sem dúvida alguma, ele é, a partir desse sórdido momento, meu inimigo, e não hesitarei em vingar-me (uso arbitrário de suas próprias razões - art. 345, CP). Entenda, meu caro, que se trata de legítima defesa, afinal, é nosso dever, como continuadores do código genético, a eliminação daqueles que nos turbam a liberdade de ler um livro em sua integridade.
PS: e só pra constar, ontem eu ri de montão, ok? (raios de inveja).
PPS: aliás, já ia me esquecendo que o delito em epígrafe acarreta detenção, de 6 meses a 3 anos, e multa; só pra deixar avisado os possíveis delinqüentes que infestam nossas boas e renomadas bibliotecas.
2 comentários:
também faço a mesma pergunta. eu, por exemplo, me orgulho de sequer ter rabiscado um livro que não era meu *.*
não tenho nada contra rabiscar livros, porque eu também rabisco. Mas com moderação, né? Aliás, alguém me explicaria a razão de se grifar livros de literatura? Aliás, porque alguns cidadãos fazem uma flechinha apontando pro título e escrevem "título"?
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