quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Segundas Intenções

Essa carta é belíssima. Ganhou minha predileção não tanto por sua utilidade (que é bastante, visto que não só meramente destrói a criatura infensa, mas remove-a de jogo, anulando absolutamente sua existência), mas pela idéia que traz. Sempre fui, de certa forma, avesso às estratégias agressivas, descaradas, óbvias demais. Não gosto das cartas que ridiculamente baseiam-se na força bruta, ou simplesmente fazem o jogador perder pontos de vida (que graça?). Não. Isso é, para mim, tão insípido... Aniquilam, sem dúvida, a força do inimigo, mas, além de ser simplista demais, deixam intacto o princípio. Prefiro as cartas que controlem, manipulem, neutralizem o inimigo. Sou muito mais as jogadas que envolvam persuasão, dissimulação. Por exemplo, cartas que façam o oponente "revelar a sua mão", descartar, bloquear o ataque, assumir o controle, mesmo que temporariamente, da criatura inimiga, virar criatura alvo, anular mágica, etc. O jogador até desfruta de prosperidade, mas não consegue mover um dedo. Mormente, persuadir o inimigo a desistir; exaurir por completo sua vontade de continuar; convencê-lo de que é inútil tentar qualquer ataque. "De repente Forin começou a compreender que a lavoura era uma profissão até que nobre". E plim!, a criatura desaparece! Belíssimo, não? Essa carta sabe onde está o poder. Bom, agora só falta confessar que muitíssimas vezes perdi a despeito da beleza dessa estratégia. Mas, enfim, a arte em si mesma.

Um comentário:

André Kangussu disse...

Que nobre de você colocar a elegância antes da utilidade.

E que saudade de você me ensinando (ou apenas tentando) a jogar Magic.